A epidemia de cólera continua a agravar-se em Angola, com 337 novos casos registados recentemente, elevando o total acumulado para 16.719 infetados e 558 mortos. A província de Benguela é a mais afetada, com 132 novos casos e três dos sete óbitos registados nas últimas horas. Outras províncias com números significativos incluem Cuanza Sul, Luanda e Malanje.

Atualmente, 638 pessoas encontram-se internadas, enquanto 310 já tiveram alta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a situação como crítica, alertando para a complexidade do cenário de saúde pública no país, marcado por doenças endémicas e surtos simultâneos.

O Ministério da Saúde tem implementado medidas de emergência, incluindo o envio de equipas de resposta rápida, formação de profissionais, campanhas de vacinação, distribuição de água potável e criação de centros especializados de tratamento.

Estudos internacionais apontam para uma elevada subnotificação dos casos, com a estimativa de que, para cada caso confirmado, existam até quatro não identificados. Isso deve-se à escassez de materiais de diagnóstico e à prevalência de portadores assintomáticos que continuam a transmitir a doença.

A principal via de contágio continua a ser o consumo de água e alimentos contaminados. A vacinação e a melhoria das condições de higiene permanecem as formas mais eficazes de travar a propagação da cólera.

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