Sudão rompe relações com os Emirados Árabes Unidos
O governo do Sudão anunciou o corte de suas relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos (EAU) após acusações de que o país do Golfo estaria fornecendo apoio às Forças de Apoio Rápido (RSF), um grupo paramilitar envolvido em conflitos no Sudão. A decisão foi tomada após a RSF ser responsabilizada por ataques na cidade de Port Sudan, que até então era considerada segura.
O ministro da Defesa do Sudão, Yassin Ibrahim, acusou os Emirados de violarem a soberania nacional do Sudão ao colaborar com a RSF. Em resposta, o Sudão retirou seu embaixador e decidiu encerrar suas missões diplomáticas nos EAU.
Nos últimos dias, a RSF foi acusada de realizar ataques com drones que atingiram infraestrutura vital, como um aeroporto, uma central elétrica e um hotel. Apesar de as Forças Armadas do Sudão atribuírem a responsabilidade à RSF, o grupo paramilitar ainda não se pronunciou.
Além disso, o Tribunal Internacional de Justiça da ONU rejeitou um caso do Sudão contra os Emirados, que os acusava de cumplicidade em genocídio. A corte decidiu que os Emirados não poderiam ser processados por acusações de genocídio devido à sua recusa em cumprir um tratado internacional.
A crise no Sudão também levou ao aumento do número de refugiados, com milhares de sudaneses fugindo para o leste do Tchad em busca de abrigo, enquanto a situação humanitária no país se agrava.
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