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Papa Leão XIV quer reformar o Banco do Vaticano

O Papa Leão XIV, recém-eleito, assumiu como uma das suas prioridades a reforma do Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como o Banco do Vaticano. Esta instituição, que presta serviços financeiros a entidades católicas e gere parte dos bens da Santa Sé, tem sido alvo de críticas e escândalos ao longo das últimas décadas, envolvendo desde má gestão até casos de corrupção, perdas em investimentos arriscados e até envolvimentos pessoais indevidos.

Segundo informações da Bloomberg, o novo pontífice pretende dar continuidade ao trabalho iniciado por Francisco, que procurou trazer maior transparência, responsabilização e conformidade com os padrões internacionais ao IOR. Apesar de o banco não estar integrado no orçamento principal da Santa Sé, é um pilar essencial na administração financeira do Vaticano, especialmente em parceria com a Administração do Património da Sé Apostólica, que gere imóveis e investimentos globais da Igreja.

A liderança do IOR está a cargo de Jean-Baptiste Douville de Franssu, antigo gestor da Invesco Ltd., e de Gian Franco Mammi, responsáveis por supervisionar os cerca de 5,7 mil milhões de euros em ativos sob gestão. Embora este valor seja modesto face a instituições financeiras em centros como Londres ou Nova Iorque, o banco continua a atrair novos fundos, graças ao seu papel central na estrutura financeira da Igreja.

A missão de Leão XIV é clara: limpar a reputação do banco, reforçar os mecanismos de controlo e garantir que a gestão dos recursos da Igreja seja feita com ética, rigor e transparência. Trata-se de mais um passo na modernização do Vaticano e no esforço de reconciliar a instituição com os valores que prega.

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