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Angola sobe no ranking, mas imprensa global está em crise

Segundo o Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, publicado pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a liberdade de imprensa está em declínio crítico em escala global. Apesar de Angola ter subido quatro posições no ranking, a situação no país continua preocupante. O panorama mediático angolano é marcado pela predominância de meios estatais, censura, autocensura e forte controlo governamental. Apenas duas das 23 rádios registradas são consideradas independentes, e muitos pedidos de licença permanecem pendentes, obstruídos por entidades estatais.

No contexto africano, os baixos indicadores económicos, a concentração da propriedade dos meios de comunicação e a dependência da publicidade estatal comprometem a independência editorial. A RSF destaca que em muitos países africanos os media pertencem a grupos próximos do poder, o que compromete a sua liberdade. Uganda, Etiópia, Ruanda e Eritreia figuram entre os piores classificados do continente.

Globalmente, a RSF alerta para o encerramento de meios de comunicação em 34 países, o exílio forçado de jornalistas e o aumento de pressões económicas e políticas. Em regiões como os Estados Unidos e a Argentina, os media enfrentam desertificação informativa, dificuldades financeiras extremas e influência crescente de interesses privados e políticos, comprometendo a qualidade jornalística.

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