Ataques terroristas matam fiscais na Reserva do Niassa
Pelo menos dois fiscais morreram, dois estão desaparecidos e um ficou ferido após ataques de insurgentes à Reserva Especial do Niassa, uma das principais áreas de conservação de Moçambique. Os ataques aconteceram nos dias 24 e 29 de abril, atingindo particularmente o acampamento de caça desportiva de Mariri, gerido pelo Projeto Carnívoros do Niassa, que já retirou parte da sua equipa e recursos logísticos do local.
Segundo informações divulgadas pela DW África, os ataques são atribuídos a grupos terroristas que têm expandido suas ações armadas desde a província vizinha de Cabo Delgado, epicentro de uma insurgência que já causou milhares de mortos e mais de um milhão de deslocados desde 2017.
A Polícia da República de Moçambique confirmou que está a investigar os incidentes, enquanto o ministro da Defesa, Cristóvão Chume, reconheceu a presença de grupos terroristas na região. A Associação Moçambicana de Operadores de Safaris (AMOS) apelou à calma e destacou que o resto do país continua seguro para turismo e caça.
Governos estrangeiros, como os dos Estados Unidos e do Reino Unido, emitiram alertas desaconselhando viagens para a província de Niassa devido ao aumento da violência. Em 2024, já foram contabilizadas pelo menos 349 mortes por ações de grupos extremistas em Cabo Delgado, segundo o Centro de Estudos Estratégicos de África, vinculado ao Departamento de Defesa dos EUA.
Publicar comentário