Brasil tenta aumentar exportações para China em viagem de Lula
Durante visita à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera uma missão empresarial com forte presença do setor agropecuário, com o objetivo de ampliar as exportações brasileiras para o país asiático. Em meio à guerra comercial entre China e Estados Unidos, o Brasil enxerga uma oportunidade de ocupar espaços deixados pelos norte-americanos no mercado chinês — especialmente em produtos como carne de frango, carne suína, sorgo, frutas e biocombustíveis.
Dos cerca de 200 empresários que acompanham a comitiva presidencial, mais de 150 são ligados ao agronegócio. De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, as tarifas impostas pela China aos EUA reduziram a competitividade dos norte-americanos, criando uma janela estratégica para o Brasil. Atualmente, o Brasil já fornece entre 45% e 50% da carne de frango importada pela China, e disputa com os EUA 16% do mercado de carne suína no país.
Além das carnes, a China também demonstrou interesse no sorgo brasileiro, produto cuja demanda cresce à medida que a guerra tarifária afasta os fornecedores norte-americanos. Embora o Brasil ainda tenha produção limitada, há expectativa de expansão da área plantada e aumento gradual das exportações.
A missão brasileira também inclui esforços para habilitar novas plantas frigoríficas, permitir a exportação de miúdos e incluir novos produtos na pauta de exportações, como os Grãos Secos de Destilaria (DDG) e o etanol de milho. A delegação, que permanecerá na China até o dia 21 de maio, participará de eventos em Pequim, Xangai, Hangzhou e Kunshan, incluindo a maior feira de alimentos do país.
Por fim, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, levará como prioridade a busca por sincronismo regulatório nas aprovações de biotecnologias. Segundo ele, esse alinhamento é estratégico para o Brasil, que é referência mundial no tema e busca fortalecer ainda mais sua posição no mercado chinês.
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