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Dúvidas crescem sobre acordo de paz entre RDC e Ruanda

A República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda anunciaram um projeto de acordo de paz mediado pelos Estados Unidos, com promessas de respeito mútuo à soberania, diplomacia em vez de violência e investimentos significativos em energia e mineração. A assinatura do memorando ocorreu em Washington com a presença de representantes dos dois países e do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Apesar do tom otimista das autoridades, muitos congoleses e analistas veem o acordo com ceticismo. Temem que se trate apenas de mais uma declaração de intenções, sem garantias práticas, como a retirada dos rebeldes do M23 de territórios ocupados. O histórico de cessar-fogos quebrados reforça essa desconfiança.

Além da paz regional, há interesses geopolíticos em jogo.

Os EUA querem conter a crescente presença da China no setor mineiro e a influência militar russa no continente africano. Especialistas alertam que a paz só será possível com reformas profundas, desarmamento real e resolução das causas históricas do conflito — como tensões étnicas, pobreza e má governação. Enquanto isso, os combates continuam no leste da RDC, colocando em dúvida a eficácia imediata do novo acordo.

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