EUA reforçam presença nas Lajes para ofensiva no Médio Oriente
A Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira, Açores, tornou-se novamente um ponto estratégico para os Estados Unidos. Nos últimos dias, a base portuguesa recebeu 12 aviões de reabastecimento da Força Aérea norte-americana, reforçando os sinais de que os EUA se preparam para uma possível grande operação aérea no Médio Oriente, em apoio a Israel ou numa eventual intervenção contra o Irão.
O major-general Isidro de Morais Pereira, especialista em assuntos militares, afirmou que este movimento demonstra claramente uma preparação para uma ofensiva aérea de larga escala. “Há já mais de 20 aviões de reabastecimento posicionados na Europa e no Médio Oriente, e agora, com mais aeronaves nas Lajes, fica evidente que existe uma reserva pronta a ser mobilizada”, referiu.
Atualmente, os EUA têm um porta-aviões na região do Golfo e mais dois a caminho, além de forças britânicas. O apoio aéreo e logístico será essencial para manter operações prolongadas, especialmente considerando os cerca de 300 caças israelitas e a escassa capacidade de reabastecimento aéreo de Israel.
Apesar de o governo norte-americano não confirmar oficialmente qualquer ação militar iminente, fontes do Departamento de Defesa limitam-se a dizer que a presença nas Lajes faz parte de acordos habituais com aliados da NATO.
A base dos Açores mantém-se, assim, como um ativo estratégico de reserva, uma “staging area” fundamental para movimentações militares transatlânticas. Mesmo com os avanços tecnológicos que aumentaram a autonomia das aeronaves modernas, a localização geográfica das Lajes continua a oferecer vantagens logísticas determinantes em cenários de conflito.
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