A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não conseguiu rebater as provas materiais apresentadas contra ele durante o interrogatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), realizado a 10 de Junho.

Segundo Gleisi, Bolsonaro optou por um discurso político, sem apresentar justificações sólidas sobre a chamada minuta do golpe ou o alegado plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes, investigado na Operação Verde e Amarelo.

“Ele não conseguiu enfrentar em nenhum aspecto as fartas provas contra ele”, disse a ministra, mencionando os depoimentos de comandantes militares e os elementos que indicam a articulação de um possível atentado contra Moraes.

Durante o interrogatório, que durou cerca de duas horas e meia, Bolsonaro admitiu ter discutido “possibilidades” para contestar as eleições de 2022, alegando que tudo ocorreu dentro dos limites constitucionais.

O ex-presidente também confirmou uma reunião em 7 de dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada, onde foi esboçada uma minuta de decreto com os chefes das Forças Armadas, mas alegou que o tema “não foi para a frente”.

Por fim, pediu desculpas ao ministro Moraes por acusações infundadas sobre corrupção no Supremo, reconhecendo que não tinha provas.