Homem que ordenou sequestro de Kim Kardashian é condenado
O julgamento sobre o assalto a Kim Kardashian, ocorrido em 2016, teve seu veredito final nesta sexta-feira, com oito dos dez acusados considerados culpados por crimes relacionados ao roubo e sequestro. O principal responsável pelo crime, Aomar Aït Khedache, conhecido como o “ladrão-avô”, foi condenado a oito anos de prisão, dos quais cinco foram suspensos. Ele liderou o grupo que invadiu o apartamento de Kardashian em Paris, enquanto a estrela de reality show dormia. O assalto foi um dos mais notórios na época, marcando um momento traumático na vida da empresária e personalidade pública.
Sete outros membros do grupo foram considerados culpados por crimes como roubo em grupo, sequestro, posse de armas e cumplicidade. Alguns receberam penas de prisão, embora a maior parte tenha já cumprido parte do tempo de prisão devido à sua longa detenção preventiva, o que lhes garantiu liberdade imediata.
No entanto, o veredito gerou críticas sobre as penas leves impostas, com o juiz presidente, David De Pas, destacando que, embora não tenha havido violência física ou derramamento de sangue, o crime causou um grande impacto psicológico em Kardashian e outros envolvidos. “Causaram medo, e o trauma persistiu”, disse o juiz.
Kim Kardashian, após o julgamento, expressou sua gratidão pelas autoridades francesas e revelou que, apesar de nunca esquecer o ocorrido, ela vê isso como uma oportunidade de crescimento e responsabilização. “A experiência foi a mais aterradora da minha vida”, disse ela, enfatizando o impacto duradouro que o sequestro teve em sua vida e na segurança que agora mantém.
Além disso, Khedache, o líder do grupo, emitiu uma carta de desculpas a Kardashian. Durante o julgamento, ele tentou se desculpar por seu ato, mas Kardashian, embora visivelmente emocionada, disse que o perdoava, embora o trauma não pudesse ser apagado.
A decisão também reflete um longo processo judicial que envolveu diversos depoimentos, incluindo o da própria Kardashian, que lembrou o medo de ser morta ou violada durante o sequestro. Ela mencionou ter pensado em seus filhos enquanto estava sendo mantida em cativeiro, rogando por sua vida durante a invasão armada ao seu quarto de hotel na Semana da Moda de Paris.
O julgamento foi um marco para as autoridades francesas, pois foi uma oportunidade de trazer justiça a uma das figuras mais famosas do entretenimento, ao mesmo tempo que destacou questões sobre segurança e a vida pessoal de celebridades expostas a riscos.
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