A Human Rights Watch (HRW) denunciou que cerca de 100 civis, todos da etnia Fulani, foram mortos em um ataque na região de Solenzo, no oeste de Burkina Faso. As vítimas foram supostamente atacadas por forças especiais do país e membros da milícia Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), uma milícia aliada ao Governo. Testemunhos de sobreviventes e vídeos divulgados nas redes sociais apontam para o envolvimento das forças governamentais, embora o Governo do Burkina Faso tenha negado qualquer participação, considerando as imagens uma tentativa de incitar ódio e violência comunitária.

O ataque foi dirigido à comunidade Fulani, frequentemente associada a grupos militantes islâmicos, algo que tem exacerbado as tensões na região. A situação no país tem se deteriorado desde que a junta militar assumiu o poder em 2022, com a crescente presença de grupos extremistas e uma grave crise humanitária. Estima-se que mais de 60% do território esteja fora do controle do Governo, com milhões de deslocados internos e necessidades humanitárias urgentes. A violência continua a afetar a estabilidade da nação, que luta para restaurar a paz e a segurança.