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Trump pondera atacar instalações nucleares do Irão

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a considerar apoiar uma ofensiva israelita contra instalações nucleares estratégicas no Irão, avançou a emissora norte-americana CBS, com base em fontes próximas do processo. Um dos principais alvos em análise é a central de Fordo, um centro subterrâneo altamente protegido, onde especialistas acreditam que o Irão poderá estar a enriquecer urânio com potenciais fins militares.

Fordo é apontado como uma das instalações mais críticas do programa nuclear iraniano. Enterrado a cerca de 90 metros de profundidade e protegido por sistemas avançados de defesa aérea, este centro representa, segundo especialistas em não proliferação, um possível ponto de partida para um “breakout” — uma corrida rápida para a obtenção de armas nucleares.

No seio da administração norte-americana, a hipótese de intervenção direta divide opiniões. O tema foi discutido recentemente numa reunião da equipa de segurança nacional na Casa Branca, com a presença de figuras como o vice-presidente JD Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o diretor da CIA, John Ratcliffe.

Apesar de Israel já ter lançado ataques contra alvos em território iraniano, alegando avanços preocupantes no seu programa nuclear, os serviços de inteligência dos EUA mantêm que Teerão ainda não está a produzir armamento nuclear, embora tenha aumentado os níveis de urânio enriquecido, conforme relatado pela Agência Internacional de Energia Atómica.

Até agora, Washington tem negado envolvimento direto nos bombardeamentos israelitas, embora tenha prestado apoio logístico, nomeadamente na interceção de mísseis disparados em resposta por forças iranianas.

Nas redes sociais, Donald Trump tem feito declarações que alimentam a especulação. Afirmou recentemente ter “controlo total dos céus sobre o Irão” e garantiu saber a localização do líder supremo Ali Khamenei, embora tenha decidido, por agora, não autorizar uma ofensiva direta contra ele — contrariando alegadas intenções israelitas.

Esta potencial escalada poderá redesenhar o equilíbrio geopolítico no Médio Oriente, ao mesmo tempo que amplia o envolvimento norte-americano num dos conflitos mais sensíveis da atualidade.

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