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Ucrânia e Rússia fazem maior troca de prisioneiros da guerra

Ucrânia e Rússia realizaram nesta sexta-feira a primeira fase da maior troca de prisioneiros desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, libertando cerca de 800 pessoas. A operação, que continuará ao longo do fim de semana, prevê o repatriamento de 2.000 prisioneiros, sendo 1.000 de cada lado.

O acordo foi o único avanço concreto da recente reunião entre representantes dos dois países, realizada em Istambul. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, celebrou o retorno de 390 cidadãos, incluindo 270 militares e 120 civis, muitos dos quais foram recebidos com bandeiras e pulseiras nas cores ucranianas. Relatos emocionantes marcaram o reencontro de prisioneiros com familiares, após meses ou anos de cativeiro.

Do lado russo, o Ministério da Defesa confirmou a devolução de 270 soldados e 120 civis, capturados em regiões de conflito como Kursk. Entretanto, Zelensky afirmou que esses civis eram, na verdade, sabotadores e colaboradores detidos por forças ucranianas.

Além da troca, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, declarou que a Rússia está pronta para apresentar um rascunho de acordo de paz a Kiev, após a conclusão das trocas. No entanto, analistas consideram essa proposta como tentativa de Moscovo para ganhar tempo, especialmente diante da pressão internacional.

Apesar da emoção e do alívio, o desfecho da reunião foi visto como dececionante por Kiev e seus aliados, pois não resultou em avanços concretos rumo ao fim do conflito. O governo ucraniano reiterou o pedido de cessar-fogo imediato e conversações diretas entre Zelensky e Vladimir Putin, sem resposta positiva até agora.

Desde março de 2022, mais de 4.700 ucranianos foram libertados em 64 trocas organizadas pelo Centro de Coordenação Ucraniano para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra. A troca mais recente, no início de maio, repatriou mais de 200 militares ucranianos.

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